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Você é atraente mas, faz bem para a minha saúde mental?

Jéssica Horácio de Souza

Psicóloga Jéssica Horácio – CRP 12/14394 – Psicoterapeuta corporal e Tanatóloga

Você chega no seu restaurante preferido e como cortesia o garçom te oferece o melhor vinho da casa, você sabe o quanto realmente ele é apreciado, inclusive já o degustou algumas vezes, mas você se conhece o suficiente pra saber que ele costuma dar uma baita dor de cabeça. Recusá-lo parece óbvio para preservar seu bem estar, mas quem seria capaz de recusar algo que é desejado por muitas pessoas?

Pois é, às vezes é muito difícil dizer “não” para aquilo que é cobiçado: um emprego, um romance, uma oportunidade financeira, de estudos… É que se instala uma dúvida entre atender o próprio bem estar e se colocar na obrigação de concretizar uma idealização que fora construída por grande parte de uma população seja na sociedade que frequentamos, seja no país que pertencemos ou de modo geral, no mundo que vivemos.

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Esse dilema é extremamente doloroso para quem exerce sobre si um intenso senso de rigidez, que se cobra a todo instante em fazer parte do meio, se exige conquistar tudo aquilo que é valorizado e prestigiado por grande parte da população.

É comum inclusive esse indivíduo rígido consigo, passar anos a fio se cobrando a viver aquilo que é considerado o “melhor”: melhor carro, melhor casa, melhor parceir@, melhor emprego…, contudo, ao longo do tempo apresentar profunda insatisfação, e logicamente por possuir um traço de personalidade severo, ao invés de se acolher, se cobrar ainda mais: “tenho a vida que todos querem, por que estou infeliz?”.

Bem, o problema do ideal social é que ele ignora os sentimentos e as emoções que fazem parte de cada indivíduo, o ideal costuma ser uma fórmula padronizada de felicidade através da racionalidade, assim, a história de vida de cada pessoa não é considerada e é por isso que a insatisfação costuma se instalar.

Quando pergunto no consultório para os meus pacientes: “você realizou tudo que esperavam de você, mas, você está feliz?” percebo o quanto ela promove importantes tomadas de consciência durante um processo psicoterapêutico. Imagine só você ter conquistado o emprego que toda a sua família valoriza independente do motivo que a faz valorizá-lo, e de repente você perceber que apesar dele fornecer inúmeras condições agradáveis, não combina com quem você é: princípios, valores, ética… Consegue perceber como não combinamos com tudo aquilo que é um “ideal social” ou familiar?

É por isso também que o autoconhecimento se faz tão importante nas nossas vidas, porque é através dele que conseguiremos saber quem somos: o que gostamos, o que combina com o nosso momento, com nosso jeito de ver a vida… Quanto mais nos conhecemos, mais nos afastamos do padrão social e começamos a construir o nosso próprio mundo, este aliás, muito mais conectado com a nossa singularidade que qualquer outro que sigamos porque assim falaram que era o “melhor”.

Então te sugiro a se aproximar mais de quem você é: conhecer os seus limites, os seus objetivos e suas condições emocionais para construir o seu próprio “melhor”. Evite cair nas armadilhas de receber aprovação através daquilo que você conquistou porque a aprovação até poderá vir mas ela uma hora ou outra não fará mais sentido e você terá que lidar com aquilo que escolheu para chamar a atenção de alguém.

Tudo bem em recusar aquilo que é considerado bom, você não perderá o ser valor por isso, porque no fundo somente você sabe do que precisa naquele momento e que talvez escolher este “bom” pode lhe trazer um dia ruim. Opte por um ideal de saúde emocional ao invés de um ideal de sucesso social. Sua vida vale muito mais que aquilo que você conquista, pense nisso.


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