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Vínculos extraconjugais: traidor e traído

Jéssica Horácio de Souza

Psicóloga Jéssica Horácio – CRP 12/14394 – Psicoterapeuta corporal

A traição amorosa é um assunto muito delicado uma vez que é circunstanciada a partir da moralidade e das regras culturais que cada sociedade vivencia. Na clínica psicológica este assunto aparece em forma de dor seja por aquela pessoa que traiu ou trai, ou por aquela que foi ou está sendo traída.

É comum o ser humano buscar respostas para as questões emocionais que a sua mente não consegue compreender, porém, quando as respostas surgem através de mecanismos puramente racionais, acaba desconsiderando o ponto principal que são as emoções e com isso, construindo julgamentos que nada contribuem para a elaboração da dúvida e apaziguamento emocional.

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A psicoterapia entra neste cenário para identificar os gatilhos psicológicos que contribuíram para o quadro emocional que o traidor ou o traído apresenta, oferecer acolhimento para as suas dores e reconstruir novos sentidos para o seu existir apesar da implicação que a traição suscitou.

A traição tem uma ligação íntima com uma relação triangular, algo que nos leva a pensar em qual outro momento da nossa história vivemos um conflito neste formato. O complexo de édipo surge então na psicanálise para explicar este desejo por aquilo que não se pode ter: o pai para a menina, a mãe para o menino. Esta pode ser a base da traição, mas sabemos que existem fatores mais complexos dentro desta base que explicam esta relação triangular de acordo com cada indivíduo que a vivencia.

Há quem busque na traição uma forma de controlar as próprias emoções para não se vincular à pessoa com quem já tem um relacionamento fixo, neste caso o medo da perda acaba sendo um gatilho emocional importante; já há quem busque satisfazer aqueles desejos ou necessidades que não consegue obter na relação fixa, ou seja, a insatisfação é o ponto de partida; para alguns o corpo é dissociado dos sentimentos então a traição acaba não significando nada, neste caso a negação dos próprios sentimentos é que entra em cena. A aventura, sensação de impunidade, afirmação pessoal, desejo de vingança, também são pontos importantes nesta relação triangular.

A pessoa que é traída geralmente contacta com seus sentimentos mais profundos de abandono, rejeição e humilhação. Os traídos ficam tão fragilizados que em algumas situações se culpam, se punem e se negligenciam ao descobrirem a traição daquela pessoa com quem estabeleceram um relacionamento monogâmico. Quando a dor não é elaborada pode influenciar negativamente nos próximos relacionamentos onde o medo de confiar se torna intenso e o distanciamento emocional também.

Se você se encontra no papel de traidor e sofre com as implicações da sua ação, saiba que está tudo bem em reconhecer as suas dores e que a psicoterapia pode lhe auxiliar na identificação da origem do seu padrão de funcionamento além de lhe oferecer suporte para modificar aquilo que gera seu sofrimento. Se você se identifica com o papel de pessoa traída, saiba que sua dor é legítima e precisa ser valorizada; e que a psicoterapia pode contribuir para a elaboração do seu sofrimento e pela recuperação da sua autoestima e desenvolvimento da resiliência.

Você é muito mais que aquilo que lhe aconteceu, você é o que faz daquilo que lhe aconteceu. Busque apoio emocional para lidar com suas dores.


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