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Timidez: “Eu não me solto!”

Jéssica Horácio de Souza

 

Psicóloga Jéssica Horácio – CRP 12/14394 – Psicoterapeuta Corporal

Os outros podem ao seu ver, se experimentar em todas as situações possíveis: cantar em um karaokê de uma festa cercada de desconhecidos, dançar mesmo sem música no ambiente, pedir publicamente o ser amado em namoro, postar vídeos pessoais na rede social, abordar alguém para lhe fazer companhia em um jantar… Situações que para alguns é simples e que não fazem por questão de identificação pessoal, mas que para outras são omplexas e não realizadas por motivo de: timidez

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Alguns pacientes revelam que é necessário ter ousadia para se expor, outros dão o nome de coragem para esta tendência em se socializar e ou mostrar ao mundo como se é, já há quem fala que é necessário perder a vergonha ou, a timidez…

O mundo para os envergonhados ou tímidos é extremamente ameaçador. A sensação que possuem é de estarem sozinhos num mundo onde todos os outros conseguem se relacionar. O desejo de construírem um relacionamento é o sintoma apresentado na clínica, mas a nível psíquico o que se vê por trás do apelo por uma socialização ou vinculação amorosa à alguém é o desejo de serem vistos, aceitos e acolhidos. Isso porque não conseguem se ver, se aceitar e muito menos se acolher. Não se vêem porque seus olhos somente conseguem enxergar alguém que é diferente de si, não se aceitam porque desde muito cedo aprenderam que somente o outro é aceitável, não se acolhem porque não aprenderam a receber acolhimento. Por se negarem carregam consigo um profundo desamor por si que é manifestado através de uma baixa autoestima.

A autocrítica contribui para reforçar todos os julgamentos que fazem ao próprio respeito: “não sou bom”, “jamais vão olhar para mim”, “eu nem sei falar direito”, “sou muito diferente das pessoas”… Desta forma acabam julgando não serem merecedores do contato social ou íntimo com alguém e por defesa psicológica se isolam aumentando o sentimento de solidão e inadequação que possuem.

Ninguém nasce tímido, são as primeiras experiências de contato com o mundo que permitem o desenvolvimento da introspecção e da timidez. Logo, todo tipo de repressão emocional, negligência afetiva, superproteção e privação psicológica são solo fértil para a instalação deste quadro disfuncional.

Algumas pessoas que se sentem inadequadas quando em contato com outras utilizam da extroversão líquida para serem espontâneas sem senso crítico. As bebidas alcóolicas funcionam então como um desinibidor oferecendo em contra partida uma série de consequências destrutivas como o vício por exemplo.

Alguns exercícios de aproximação com aquilo que assusta podem ter um resultado eficaz num primeiro momento, porém, se a origem da timidez não for tratada, ela se apresentará em outros contextos. Então, como o olhar do tímido está completamente voltado para as qualidades das pessoas ao seu redor, é fundamental voltar o olhar para si no intuito de se reconhecer, perceber como se é, o que se tem de positivo e funcional para o dia a dia. A terapia pode oferecer um ambiente acolhedor para estas pessoas para que recebam a nutrição afetiva que encontra-se em déficit. Outro ponto importante é a aceitação das próprias limitações para evitar as comparações e sim construir o seu próprio jeito de ser sociável.

Espontaneidade não é sinônimo de extroversão, é possível ser introvertido (atenção para seu mundo interno) e ainda assim ser sociável. Espontaneidade tem a ver com aceitação, respeito e acolhimento; seu sinônimo é amor próprio.

Se você se identifica com este quadro, saiba que não está sozinho. Esta é uma queixa frequente em consultório e precisa de apoio e suporte para ser elaborada. Se dê o direito de se amar, procure auxílio psicológico.


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