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Seu imediatismo é por urgência ou carência?

Jéssica Horácio de Souza

Psicóloga Jéssica Horácio – CRP 13/14394

Psicoterapeuta Corporal – Tanatóloga

Fico me perguntando como lidávamos com o nosso imediatismo antes das redes sociais. É que ultimamente temos mensurado o amor das pessoas através do tempo que elas levam para responder as nossas perguntas, que muitas vezes não são relevantes e ou nem perguntas exatamente, mas sim são somente uma isca pra fisgarmos um peixe e não nos sentirmos frustrados ou abandonados.

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Isso se chama dependência emocional. O medo do abandono corresponde a uma dor gelada, é, parece que estamos num quarto escuro, frio e úmido, e que a única pessoa que pode abrir a porta deste quarto pra gente é aquela pra quem devotamos a nossa atenção. Não dá pra dizer que amamos esta pessoa porque estamos tão contaminados de medo da solidão e de carência afetiva que fica difícil identificar se realmente existe um apreço verdadeiro por este ser humano.

Quando sentimos este medo, passamos a adotar estratégias para não confirmar este pesadelo do quarto frio, é aí então que entra em cena o nosso controle sobre o outro.

Há pessoas que giram toda a sua vida em torno do outro: sabem todos os horários, os compromissos, as companhias, enfim, viram quase um radar móvel do parceiro. Logo, se algo sai fora do radar, você já pode imaginar o que acontece: começa a despertar o alarme interno do medo e da ansiedade: “serei abandonado!”.

O medo do abandono é tão intenso que às vezes, quando a pessoa é questionada sobre a realidade destes pensamentos envolvendo o medo da solidão, se sente ofendida e incompreendida. É que é delicado falar com um sentimento tão profundo como este.

Esta dor nos remete a comportamentos mais primitivos e quase sempre, infantis. Quando éramos crianças tínhamos medo de que nossos pais nos deixassem na escolinha, que fossemos abandonados quando eles fechavam a porta do próprio quarto, de que fossemos afastados pra sempre dos nossos pais quando algum desconhecido nos pegava no colo… O grande problema ocorre quando nos fixamos nesta fase da nossa vida, e então passamos a acreditar que somos frágeis a ponto de não existirmos se alguém fica sem nos responder, olhar, atender e amar.

Não é possível amadurecer sem se sentir seguro. Às vezes o nosso inconsciente bloqueia os nossos traumas e constrói armaduras na nossa personalidade na tentativa de amortecer as nossas dores. Mas é exatamente isso o que acontece: ao invés delas serem superadas, elas são colocadas pra baixo do tapete.

Então, a melhor alternativa para elaborar a dor do abandono é recebendo acolhimento e respeito. Nem sempre os nossos parceiros conseguem compreender esta nossa necessidade, e tudo bem porque eles não precisam ter esta responsabilidade. É por isso que é necessário procurar auxílio psicológico pra identificar em qual momento da vida este medo se instalou e à quais memórias ele está ligado. Saiba que todas as nossas dores precisam ser elaboradas e ressignificadas. Se acolha, sua independência emocional é possível e um direito seu.


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