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Ser feliz é possível

Jéssica Horácio de Souza

Psicóloga Jéssica Horácio – CRP 12/14394 – Psicoterapeuta Corporal

Seu corpo pede por um momento de descanso: as costas doem, os olhos fazem muito esforço para permanecerem abertos, as pernas pesam, mas capaz! Descansar é para quem não tem o que fazer. Você que sempre consegue; no mínimo; o suficiente com o seu esforço, não consegue se permitir descansar. Não consegue porque inconscientemente acredita que não pode, ou melhor, que não deve.

Assim não se permite encher o peito de ar e esvaziá-lo sentindo aquilo que o mantém vivo entrando e saindo dos seus pulmões, aliás, somente consegue fazer este exercício quando solicitado por um médico durante uma consulta de emergência. É, porque consulta de rotina é para quem gosta de perder tempo. Não se permite sentir o gosto de uma refeição por mais de vinte minutos.

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Falando em tempo, você também não se permite ficar mais alguns minutos no carro escutando a sua música favorita, é que você tem aquele compromisso então, não deve fazer isto. Ah, você já reparou nas construções da cidade onde mora? Não, claro que não.

Você não se permite caminhar devagar pelas ruas, ir ao centro da cidade é somente para cumprir os programas da agenda e é sempre aquela correria para encontrar um estacionamento perto do seu destino, observar a paisagem é para quem tem tempo. E você não tem. Não para sentir prazer, nem para sofrer. Mas inevitavelmente esta é a fórmula do sofrimento crônico que acompanha a sua vida.

Talvez você precisa saber de algo que ainda não descobriu: a vida ás vezes é bem fácil de ser vivida. Ás vezes ela é um verdadeiro tumulto, vários acidentes e incidentes, pede um esforço significativo para retomar a ordem, parece furacão, admitamos. Mas, às vezes ela também vem e traz em seu contexto trégua. Sim, ela traz calmaria representada por tudo aquilo que você plantou.

Vem e mostra que cada ação tem consequências, que todo o investimento gera frutos embora estes tenham o seu próprio tempo para nascer e amadurecer. Mas você não percebe esta recompensa, inclusive se questiona e se cobra mais e mais no plantio de novas sementes. Um ambicioso insatisfeito, ou, um insatisfeito ambicioso? A resposta talvez nos diga que o que fora aprendido é que a vida tinha que ser difícil, pelo menos para você.

No fundo você tem medo de parar. Este esforço desmedido, o cansaço adquirido ao longo dos anos e a pressa para a conclusão de cada ação é o que deu sentido para a sua vida até o momento. Quem será você quando cessar os passos, quando respirar lenta e profundamente e gozar a vida? Você não sabe, nem eu, porque este é um movimento desconhecido, não há ensaio, mapa, roteiro, não há testes. É na ação que se descobre quem se é e bem, você tem medo de se descobrir para além daquilo que aprendeu sobre si e sobre a vida: que doer é a regra para se viver e que ela é a face oposta de uma mesma moeda, a outra face se chama prazer.

Imagina perceber que existe um modo mais leve de enxergar a vida? Talvez inconscientemente é devido o medo de reconhecer todo o tempo perdido vivendo assim que você permanece não se permitindo construir novos caminhos. Mas e se substituirmos a ideia de tempo perdido pela ideia de tempo de aprendizado?

Então, escute o seu corpo por um instante. O que ele te diz? Qual pedido ele te faz? Está tudo bem atender as necessidades do seu corpo, dos seus sentidos. A razão neste caso pode entrar como coadjuvante, mas quem precisa exercer o protagonismo são as suas emoções.

Nós não nos encontramos para nos perder, nós nos perdemos para nos encontrar. Permita que a ausência de mapa te mostre que internamente você já conhece qual caminho deseja trilhar. Seu corpo, sua mente e todas as suas emoções fluirão espontaneamente para o reencontro com o seu verdadeiro “eu”. Aceite sua condição humana, sinta.


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