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“Quem tem sede demais não escolhe a água que bebe.” – Você ama demais?

Jéssica Horácio de Souza

Psicóloga Jéssica Horácio – CRP 12/14394

Como é a sua relação com o amor?

Você já se perguntou se é uma pessoa que ama demais?

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Em algum momento da nossa vida desejamos vivenciar o sentimento de amor. Geralmente associamos este sentimento com os relacionamentos conjugais onde acreditamos na existência de uma figura que desperte os nossos sentimentos e comportamentos mais saudáveis. Porém, algumas pessoas tem dificuldade de estabelecer um relacionamento saudável mesmo que ainda considerem que ele é regido pelo amor. Acontece que para algumas pessoas, mulheres principalmente, o amor é medido segundo a intensidade de sofrimento que ele causa. Parece absurdo? Pois essa realidade é muito comum.

Você provavelmente já conheceu alguma mulher que fez do seu relacionamento o motivo da sua existência, ou que buscou sempre o mesmo padrão de parceiro: infantil, dependente e narcisista, ou ainda, que justificou todos os erros do parceiro ou se responsabilizou pela infelicidade dele. Saiba que essas mulheres tem algo em comum, elas são consideradas mulheres que amam demais.

Ninguém se torna uma mulher que ama demais por acaso, crescer como mulher em uma sociedade que estabelece estereótipos de gênero e em famílias com desajustes emocionais contribui para o desenvolvimento de comportamentos como: abnegação, submissão, necessidade de se sentir necessária na vida de um homem, necessidade de ser mãe do próprio cônjuge, dificuldade de identificar a necessidade de colocar limites.

Amar demais significa ficar obcecada por alguém e considerar essa obsessão como uma expressão de amor, permitindo que ela controle as emoções e boa parte do comportamento mesmo percebendo que exerce influência negativa sobre a própria saúde e bem estar, e ainda assim considerar-se incapaz de se opor à pessoa. Amar demais significa medir a intensidade do seu amor pela quantidade de sofrimento que ele traz.

Características de quem ama demais:

  • Insegurança;
  • Baixa auto estima;
  • Medo de ficar sozinho (a);
  • Sentir-se culpado (a) pelos erros do outro;
  • Responsabilizar-se pela felicidade do outro – “Complexo de salvadora”.

Como age nas relações:

  • Nega a si para satisfazer o outro;
  • Depende da felicidade do outro para sentir-se feliz;
  • Possui vício em ter a presença do outro;
  • Necessidade de ter controle sobre o comportamento do outro.

Quando as nossas experiências na infância são bastante dolorosas, recriamos situações parecidas em nossa vida adulta como forma de conseguirmos domínio sobre elas. Logo, as pessoas que amam demais certamente vivenciaram na infância relações onde sentiam que precisavam ser “muito boas” para se sentirem amadas, e assim na vida adulta passaram a buscar relacionamentos onde existia o desafio de serem cada vez melhores para o outro para serem aprovadas, porém nunca sendo suficiente para elas mesmas. Ou, na infância aprenderam que precisavam cuidar da família para que o lar não fosse tão desajustado.

Logo, na vida adulta essas mulheres buscam parceiros infantis ou dependentes para que assim elas consigam reproduzir o papel de cuidadora, papel esse que elas reproduziam tão bem na infância mas que não lhes dava o que elas realmente precisavam na época e que por não ter sido suprido prevalece na idade adulta que é o amor incondicional. “É a possibilidade emocionante de retificar velhos erros, de ganhar o amor perdido e de conseguir a aprovação negada, que para as mulheres que amam demais é a química inconsciente que está por trás do se apaixonar” (Robin Norwood).

Acontece geralmente que essas mulheres buscam e acabam encontrando parceiros que realmente se encaixam nas necessidades delas: se ela precisa se sentir necessária, encontrará um homem que procura alguém que assuma as responsabilidades por ele, se ela precisa se sacrificar para receber atenção, encontrará um homem egoísta… Dificilmente essas mulheres se relacionarão com alguém que não fortaleça os papéis que elas estão acostumadas a representar, assim evitarão relacionamentos saudáveis e maduros, isso porque não se sentirão atraídas por aquilo que não as desafia a receber amor. Para as mulheres que amam demais, receber amor significa aceitar o sofrimento oriundo da relação.

Apesar desses padrões comportamentais terem sua origem na infância, é possível desconstruí-los para então aprender uma nova forma de amar, essa mais saudável e compatível com as reais necessidades dessas mulheres que por tanto tempo acreditaram que eram merecedoras de tão pouco. O primeiro passo é sem dúvidas identificar qual o conceito de amor que se tem, e se ele é compatível com a relação que se vive. O segundo passo é analisar de que forma as experiências negativas do passado tem se repetido no presente, para então entrar em contato consigo, desenvolver amor próprio, cuidar de si e construir novas formas de dar e receber amor.


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