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Pandora, conhecimento, liberdade, responsabilidade, alteridade…

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Na mitologia grega o titã Prometeu foi castigado pelos deuses por dar o fogo aos humanos. Fogo, símbolo do conhecimento. O artifício divino foi a bela Pandora abrir a caixa de “presentes” do Olimpo para a humanidade.

História velha e conhecida, essa narrativa pode ser lida de muitas formas. Ao abrir a caixa de “presentes”, tudo de ruim saiu de lá e Pandora, a curiosa, tornou-se símbolo também. Alguns a chamariam de ousada, outros de ignorante, de qualquer forma, ela escolheu “espiar”. A curiosidade humana é a base da pesquisa, da busca por conhecimento e esse nem sempre é livre ou fruto generoso…

Lembro de um amigo na faculdade dizer que as doenças vieram quando o ser humano começou a mexer na natureza, algo que fazemos desde que somos quem somos. Esse ato de intervir ou buscar aprender é quase que natural, eu diria, não podemos escapar. O conhecimento liberta ao mesmo tempo que também nos prende, pode-se dizer. Foi justamente essa busca por conhecer que trouxe a sociedade humana até o ponto em que se encontra. Nos tornamos esses seres que vivem abrindo caixas e tirando coisas ruins de dentro e aprendendo como lutar com essas coisas ruins. Daí decorrem novos conhecimentos e novas buscas e inevitavelmente algumas “pedras no caminho” precisarão de um entendimento maior. Afinal, quanto mais conhecemos, mais queremos conhecer e isso nem sempre é curiosidade – às vezes é necessidade, vide uma doença ou praga nova que surge da “caixa de surpresas”. Darci Ribeiro em um livro seu dizia que a função das doenças fatais era mesmo acabar com o ser humano. Uma forma de equilibrar a quantidade da espécie. Seleção natural? Quem sabe.

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No atual momento de pandemia mundial causada por conta de um vírus, me peguei pensando nessa história da antiga mitologia grega. Deixei as ideias conspiratórias de lado porque essas demandam muito exercício imaginativo num terreno quiçá lamacento em que a linha entre realidade e ficção é muito tênue. Melhor agir com cautela e tomar cuidado com as novas “caixas de Pandora” que carregamos em nossas mãos em cada instante. Cada tecla tocada pode ser (e muitas vezes é) uma surpresa que de divina pouco ou nada tem. As redes sociais e nossos celulares tornaram-se metáforas diretas sobre nossa “ousada” personagem mitológica. Acessar as redes sociais nesse momento em particular pode ser um perigo inusitado à tentativa de manter a sanidade.

Teria sido Pandora irresponsável ou apenas fez aquilo que qualquer um de nós faria ao ver o “presente dos deuses”? Quantos erros cometeremos com nossas palavras na Web sem nos dar conta da responsabilidade que carregamos? Palavras não apenas de internautas “comuns” mas também de autoridades maiores e responsáveis por contornar toda essa situação que se desenrola.

Acomodados em nossas casas, em nossas “cavernas”, para recordar outra história grega, ficamos muitas vezes nas sombras do que acontece na realidade. Especular é o que nós sobra, embora nada nos proíba de buscar aprender um pouco mais também. Empatia e alteridade se mostram mais que palavras pungentes para contornar esse “caos” real e nada alegórico. Momento para cada um de nós se pôr no lugar do outro ou no próprio lugar, momento de reflexão.


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