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O mundo não é o nosso umbigo. Vamos aceitar?

Jéssica Horácio de Souza

Psicóloga Jéssica Horácio – CRP 12/14394

Psicoterapeuta Corporal e Tanatóloga

Há um principezinho e uma princesinha morando dentro de cada um de nós. Sem dúvida eles costumam aparecer quando as situações fogem do nosso controle, mas gritam muito mais alto quando dentro de um relacionamento a pessoa com quem nos relacionamos não é exatamente do jeito que a gente acredita que deveria ser.

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Cada vez que esbarramos em alguma realidade incompatível com a nossa idealização, essas duas criaturinhas se inflam e reclamam por direitos que acreditam que tem ou ainda se calam e ficam profundamente magoadas por não serem atendidas em seus desejos.

Estou falando de seres metafóricos pra exemplificar o que acontece na nossa mente, mas a verdade é que vez ou outra as nossas carências infantis ganham força e aparecem sobre a forma de protesto e reivindicação. Este narcisismo primitivo tem como crença principal a ideia de que precisam ser satisfeitos em suas demandas pelo simples fato de desejarem o que desejam.

Às vezes é tão difícil reconhecer essa prepotência infantil que nos habita que acabamos desenvolvendo algumas defesas para não assumi-las: “Só estou pensando no melhor para elx!”, “Elx seria tão feliz se mudasse…”, “eu sou tão legal, por que elx não faz o que eu quero?”.

O sentimento de falta é tão intenso que fica difícil compreender um lampejo se quer de racionalidade e de realidade. É necessário colocar nosso príncipe e nossa princesa internos no lugar deles, e aceitar com responsabilidade as nossas próprias lacunas e se for o caso, partir em busca de elaborá-las e preenchê-las com autonomia e independência.

Imagine se alguém lhe cobrasse o tempo todo para que você mudasse algumas características que são confortáveis para si com a justificativa de: “porque eu quero!”? É delicado viver nos dois lados dessa moeda narcísica, ora sendo aquele que cobra, ora sendo aquele que é cobrado.

Não nos cabe mudar ninguém, mas nos cabe nos retirar caso a relação seja enfadonha, ou, nos adaptar caso essas adaptações não coloque e risco a nossa saúde física e mental.

Cada caso é um caso e precisa ser analisado individualmente, e é através da análise da história pregressa que acompanha a nossa vida que podemos compreender o porquê de ainda não termos aprendido a conversar com essa nossa tendência a depender do outro para nos sentirmos satisfeitos. Ninguém desenvolve independência e autonomia ao acaso, é necessário enfrentar o luto da perda da dependência, abdicar do papel de filhos e filhas para então fazer um movimento adulto e autoral.

Vez ou outra esse narcisismo naturalmente aparecerá, o objetivo não é torná-lo mudo, porque isso daria origem para uma outra neurose: construiria aquele sujeito que não precisa nunca de ninguém, o que dá conta de tudo sozinho, por orgulho. Mas o que precisamos fazer é aceitar essa característica que faz parte da natureza humana e aprender a lidar com ela dentro da realidade que nos circunda. Temos direitos, só precisamos reconhecer quais são e se eles não implicam em mudar aquilo que foge do nosso controle.

Procure um psicólogo.


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