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O hype cresce cada dia mais

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Que estrangeirismos fazem parte de nossa língua isso já sabemos, e faz tempo. Anglicanismos, então, oh, yeah, man!, tornaram-se algo diário. O mundo virtual nos impregnou de falas, gírias e ditos oriundos, principalmente, do inglês. Uma dessas palavras de origem estrangeira me incomodava e fui procurar saber seu significado.

Na verdade, mesmo, antes de saber o que era, eu via a palavra hype na boca de muitos youtubers, majoritariamente nos canais vinculados ao cinema, por exemplo. Hype, para mim, tinha a ver com hypeness e eu acreditava que essa palavra tinha a ver com hipnótico. Coisa normal quando a gente tem preguiça de procurar e pesquisar e associa uma palavra diretamente com aquela mais parecida possível. Bem, eu errei, mas meu erro tem fundamento, por fim.

Hype vem de hyperbole, em inglês, ou mesmo hypeness, também, cujos significados são exagero, em português. Aquilo que aprendemos na escola como hipérbole:  morrer de medo, morrer de rir, coisas assim. É, que vivemos em tempos exagerados, todos sabemos, mas o hype causado nas redes sociais e notadamente no youtube pode levar a outras consequências. Pegarei dois exemplos recentes.

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Em dezembro teve estreia do aguardado filme do homem-aranha, “Sem volta pra casa” em que, pela primeira vez, o cinema trouxe um conceito bem batido, o do multiverso, muito comum nos quadrinhos. Durante vários meses milhares de especulações foram levantadas por diversos canais de cultura pop no youtube. Isso é algo que acontece já tem muito tempo, diga-se de passagem.

Porém, com a ascensão do universo cinematográfico dos super heróis, esse tipo de atitude de influenciadores digitais ficou muito mais evidente. Fica todo mundo hypado numa expectativa insana de chegar o dia de entrar no cinema. Cria-se um marketing de alcance muito complexo.

O segundo exemplo, também do cinema, foi um filme “continuação”, “Dr. Estranho no multiverso da loucura”, porém, aqui o problema do hype pegou geral: as expectativas foram mais altas do que o resultado e muita gente acabou não gostando do filme. As especulações, afinal, não foram verdadeiras? Mas e de quem é a culpa no final disso tudo? Eu nem quero elencar culpados, longe de mim, pois influenciáveis somos todos.

Eis a questão. No youtube, para mais um exemplo, temos a “técnica” do “clickbait”, que consiste em colocar uma imagem-capa com título sugestivo para chamar a atenção do público a assistir o vídeo produzido. Somos fisgados por nossa curiosidade e lá se foi nosso tempo…

hype pode não ser aquele estado hipnótico que eu suspeitava no início, mesmo assim parece transformar cada um de nós num zumbi ou, no mínimo, numa caixinha de esperar. Qual será o mais novo blockbuster a nos levar ao cinema? Qual a série de tevê mais importante para assistir no momento? Qual o novo hit musical que preciso conhecer? Que gíria estão usando no momento? Que meme preciso saber?

Não seria exagerado dizer que estamos hipnotizados por tudo o que as redes podem nos oferecer. Inclusive seu abraço, que de virtual nada tem. Como peixinhos fisgados ou como a mariposa atraída pela luz cá estamos nós envolvidos, enredados sem perceber muitas vezes. nossos atos e pensamentos, serão ainda nossos? Ou só frutos dessa influencia exagerada? Sem exagero, a hipnose parece real e não conseguimos mais enxergar qualquer verdade que seja em nossa frente.


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