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Estou satisfeita (o) com o que me oferecem?

Jéssica Horácio de Souza

Ás vezes o máximo que outro nos oferece representa o mínimo para nós, e tudo bem. Só que compreender isto não nos torna obrigadas (os) a aceitar o que ele tem a nos oferecer.

Temos vontades, necessidades, desejos a serem satisfeitos. E é comum levarmos alguns deles para os nossos relacionamentos conjugais. Os nossos princípios, a nossa história, as nossas experiências, educação e cultura contribuem para que formemos um modelo de relação que gostaríamos de construir, de viver. É importante que este modelo de relacionamento seja flexível e realista, mas que ele exista para nortear as nossas escolhas, e evitar que conscientemente busquemos relacionamentos que não nos satisfaçam parcialmente, que ao contrário, vão na contramão daquilo que nos faz bem.

Alguns modelos de relacionamentos não combinam com o que queremos, com o que consideramos saudável, são incapazes de nos tornar mais felizes. Alguns modelos de relacionamentos fazem a gente se sentir pequena (o), insatisfeita (o), infeliz.

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A teoria do desapego por exemplo está crescendo, algumas pessoas tem buscado o mínimo de envolvimento possível, buscam relacionamentos com maior permissividade e descomprometimento, sem regras e fidelidade, alguns inclusive evitam qualquer contato afetivo, e se permitem somente ter experiências sexuais com a (o) parceira (o). Contudo, algumas pessoas não se adaptam a este modelo, e buscam o oposto: querem comprometimento, regras, fidelidade, sentem necessidade de se envolverem afetivamente, de dar e receber carinho, por exemplo. O que é comum nestes casos é a dificuldade que uma das partes tem em se manifestar, em dizer para o outro que não consegue se adaptar a este modelo, e que sente a necessidade de ajustarem a relação para permanecerem juntos. Geralmente há uma briga por individualismos: “Do meu jeito é melhor!”, ou, “Sou assim, me aceite.”

Neste modelo de relacionamento em que existe briga por individualismos ou onde um tenta construir ajustes enquanto o outro olha somente para as suas vontades, sempre existirá uma pessoa que se sentirá oprimida diante daquele que não quer se ajustar à relação.

E é assim que a pessoa que sente oprimida, devido ao seu envolvimento afetivo por exemplo, sofre calada, não comunica ao outro o que precisa, as suas insatisfações, ou quando comunica mas não é atendida (o), permanece no relacionamento tentando se adaptar ao que o outro quer ou consegue dar, recebendo o máximo dele (a), mas não conseguindo satisfazer as suas necessidades nesta relação. E é assim que chora, que se frustra escondida (o), que se negligencia. Que coloca um sorriso no rosto e diz: “Tá tudo bem, tö feliz, não preciso de mais nada além disso”.

Neste caso as insatisfações podem estar relacionadas à falta de espontaneidade na relação. Quando mantemos papéis automaticamente fingimos que não gostamos de carinho por exemplo, que não nos importamos se o outro não pergunta sobre o nosso dia, se ele (a) não nos inclui nos seus planos. Fazemos de conta para sermos aceitas (os), e não percebemos que agindo assim nos tornamos um reflexo do outro. Contribuímos para que o outro se relacione com uma cópia de si mesmo devido o medo ou o fato de não sermos amadas (os) incondicionalmente do jeito que somos.

Algumas pessoas justificam: mas se eu mostrar a minha vontade de querer estar mais perto, de termos um relacionamento sério, de irmos em tal lugar, de fazermos uma viagem, de não ir naquele restaurante de sempre, ele (a) não vai mais querer estar comigo. Vai dizer que é isso que pode me dar, que se eu quero estar com ele (a) então preciso me adaptar à isso que ele (a) oferece, que preciso aceitar. E assim dão ao outro o poder de orientar a relação, aceitam receber o máximo que o outro pode ou quer dar, sem se dar conta de que o máximo dele é o mínimo para si.

Diante disso cabe a pergunta: que relação você quer construir quando não é verdadeira (o) consigo e com o outro? E mais, em que momento você atenderá os seus desejos? Porque sabemos que tudo que não é sanado permanece insatisfeito.

Avalie portanto, se os ganhos que você tem neste formato de relacionamento são suficientes para permanecer nele, se você tem condições de aceitar este modelo e administrar as suas insatisfações. Tomar consciência das consequências das suas escolhas é fundamental para não culpar ninguém pelas nossas frustrações, e saiba que não precisamos aceitar o mínimo do outro mesmo que para ele isto é o máximo que pode dar. Não se alimente daquilo que lhe faz mal.


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