FORQUILHINHA Previsão do Tempo
Colunistas

Exagero nosso de cada dia

eduardo madeira

Sem oito ou oitenta. Talvez esta seja a frase que mais uso quando faço uma análise sobre o Criciúma. Não importa o momento, tampouco quem esteja no clube, ainda há por aqui uma hipervalorização dos acontecimentos, colocando o time como o centro do universo. Isso é ruim demais, porque transforma em “oba-oba” as coisas boas e despeja tudo em uma lata de lixo coisas que podem ser aprimoradas.

Observamos bem isso nos últimos dias. Depois de vencer o Avaí em Florianópolis, houve quem cravasse que o Criciúma eliminaria o Fluminense da Copa do Brasil – aconteceu o contrário. Apesar disso, a atuação e a maneira como se portou em campo agradaram o torcedor, que há tempos não via uma equipe que pudesse jogar de igual para igual com um grande do futebol nacional.

O Criciúma já virou a oitava maravilha do mundo após aquela série… Bastou o empate por 4 a 4 com o Brusque que foram entoados gritos de “time sem vergonha” e, quem outrora era aplaudido, passou a ser xingado e tratado como um atleta que desrespeita a camisa do clube.

Maderonchi
Net Lider
Credisol
Dengo Produtos de Limpeza
Contape

É o famoso exagero nosso de cada dia.

O Criciúma ainda é um time em construção. Apesar da manutenção do elenco do ano passado, é notória a mudança na filosofia de jogo do time. Não há mais aquele jogo amarrado, físico e truculento observado nos tempos de Roberto Cavalo. O time atual joga com a bola no chão e constrói suas jogadas desde o campo de defesa. Isso leva tempo para mudar e muito treino para ajustar.

Claro que o torcedor tem o direito de estar insatisfeito com a situação do clube e com a seca de títulos no estadual (apenas dois no século é muito pouco mesmo), mas será que a culpa é mesmo de quem está no campo? Falo diretamente de jogadores e comissão técnica. Será que são eles mesmo os responsáveis por isso tudo?

Sei que o torcedor é passional e não posso cobrar deles uma análise fria e técnica do que vem acontecendo dentro do Criciúma, mas posso ao menos pedir racionalidade. Ser irracional atrapalha todo o ambiente porque não se pensa. Quando não se pensa, as atitudes tomadas são sempre equivocadas. O torcedor pode achar que não, mas ele faz parte de todo o processo do clube. O apoio incondicional faz um time esforçado brilhar, assim como a pressão descabida derruba um time promissor.

A fase do Criciúma não é propícia a crise e a barulheira feita. O time está sendo formado e Deivid vem trazendo boas ideias. Lembrem que o técnico carvoeiro não consegue ter uma semana cheia de treinos desde que a temporada começou no dia 24 de janeiro. Em 54 dias, foram 18 jogos, isso dá um jogo a cada três dias. Somado a isso, vem as viagens, normalmente de ônibus. Coloca na conta ainda os horários dos jogos. Alguns muito tarde, outros muito cedo. Se para um trabalhador normal isso já é sentido, visto a mudança de rotina, para um atleta é pior ainda.

O reflexo é visto na falta de treinamentos e também na condição física dos atletas, que já é observado que não parece boa. Se colocarmos isso na balança, veremos bem o quanto de exagero que estamos encontrando nesse momento.

Racionalidade, é o mínimo que posso pedir por agora.


Marka final pauta
Dengo Produtos de Limpeza
Coopera Rodapé

Portal Forquilhinha Notícias. Acompanhe os fatos mais importantes de Forquilhinha em Santa Catarina assim que eles acontecem.

Copyright © 2016 Forquilhinha Notícias.

Topo