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Eduardo Madeira Júnior: Nem oito, nem oitenta

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O Criciúma vive em um eterno balanço que vai de oito a oitenta no que trata do seu real potencial. Uma derrota inesperada e o time não presta mais, mas basta uma vitória contra um rival forte e a euforia vai no teto. Esses extremos mais atrapalham do que ajudam na hora de analisar o desempenho do time. O desânimo com os resultados ruins amplificam os erros e ofuscam os pontos que precisam de aprimoramento, enquanto a alegria exacerbada esconde os defeitos para baixo do tapete.

Esses sentimentos opostos acabam, principalmente, nos impedindo de ver qual é o verdadeiro Criciúma. Não é uma desgraça, como se ouviu após a derrota por 3×0 para o Inter, em Lages, mas também não é uma máquina, como muitos festejaram após o triunfo por 2×0 sobre o Figueirense.

O verdadeiro Criciúma está entre essas duas pontas. É um time claramente aguerrido, com uma movimentação interessante no ataque e boa participação dos laterais no jogo ofensivo. O grande defeito hoje está na defesa. O principal ponto da dupla Raphael Silva e Diego Giaretta está nas bolas cruzadas sobre a área. É notório desarranjo entre os dois neste tipo de jogada, que vem causando calafrios nos torcedores.

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Mas quando digo que o Criciúma está entre a euforia da vitória e a revolta da derrota, quero dizer que o time está em formação. Estamos somente no segundo mês da temporada e o Tigre vem jogando quarta e domingo. Ou seja, se Cavalo quer arrumar o time, tem que fazer durante os jogos, pois não restam muitas atividades no CT.

Em outras palavras, não há razão para tachar o Criciúma em apenas um mês e meio de trabalhos. Os erros e acertos precisam ser apontados como forma de melhorar e aprimorar o desempenho da equipe, mas cravar a qualidade do time neste estágio da temporada é prematuro.

Pérolas de Cavalo

Não é mole conter Roberto Cavalo nas coletivas do Criciúma. Experimentado no futebol e com know-how no clube, ele não mede muito o que fala e isso repercute depois. Em menos de uma semana, duas frases que ecoaram na mídia regional – e até nacional. A primeira foi quando disse que nem Messi venceria a marcação do Inter de Lages. Poucos dias depois, afirmou que a vitória sobre o Figueirense representou “a mão na taça” para o Tigre.

Me apego mais a segunda declaração – até porque compreendi a analogia que Cavalo quis fazer na contra o Inter dentro do contexto da entrevista. Por já ter enfrentado – e vencido – três dos quatro grandes, o Criciúma tem uma tabela mais tranquila até a última rodada, quando enfrenta a Chapecoense, em Chapecó. Isso é bom, sem dúvidas, mas longe de estar “com a mão na taça”.

É bom ressaltar que a equipe do Oeste é, reconhecidamente, a mais forte do Estado por uma série de fatores, como manutenção da base, reforços pontuais e um técnico de bom nível no banco de reservas. O Criciúma, como disse no tópico anterior, está se formando. Ainda está alguns degraus abaixo da Chape e precisa fazer força para chegar ao mesmo patamar.

A entusiasmada frase de Cavalo é uma algema que ele vai carregar pelo restante do Campeonato Catarinense. Se o Tigre morrer na praia e ficar distante do título, essas palavras serão reproduzidas de forma insana, principalmente nas redes sociais, e quem vai pagar o pato será o torcedor, que vai ter de aguentar a gozação por uma frase eufórica do treinador.


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