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Cloroquina e a hidroxicloroquina: pesquisas apontam para a não utilização no tratamento à Covid-19

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Professor da Unesc, Felipe Dal Pizzol, faz parte de pesquisas em nível internacional e integra a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, a Sociedade Brasileira de Infectologia e a Associação de Medicina Intensiva Brasileira, e comenta as novas informações.

As substâncias que ao longo dos últimos meses já foram vistas como esperança frente à pandemia mundial e estiveram, inclusive, envolvidas em polêmicas protagonizadas por defensores ou não da sua utilização, a cloroquina e a hidroxicloroquina seguem entre os principais assuntos discutidos em todo o mundo.

Apesar de no Brasil o Ministério da Saúde recomendar a utilização das substâncias, conforme o pesquisador da Unesc, Felipe Dal Pizzol, os atuais apontamentos de estudos realizados em nível internacional mostram o contrário.

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De acordo com Dal Pizzol, recente publicação da revista The Lancet, uma das mais importantes revistas médicas do mundo, mostra que, em estudo realizado com aproximadamente 100 mil pacientes que utilizaram a cloroquina ou hidroxicloroquina, os medicamentos não mostraram resultado efetivo. “Nesse estudo ela não só não foi efetiva, mas ao contrário. Os pacientes que as utilizaram tiveram mais tendência a morrer. Esse é mais um estudo que coloca em xeque a segurança do medicamento. Não é nem mais a efetividade, como vínhamos discutindo, mas, sim, a segurança. As melhores evidências, portanto, apontam que ela não só não é efetiva quanto pode potencialmente fazer mal”, afirma.

A opinião do pesquisador é embasada ainda nas diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, da Sociedade Brasileira de Infectologia, da Associação de Medicina Intensiva Brasileira, e em estudos realizados por forças-tarefa das quais ele também fez parte, publicados nos últimos dias na Revista Brasileira de Terapia Intensiva. “À medida que saírem novas evidências científicas talvez isso possa mudar. Vários estudos estão em andamento mundo afora. Essa é uma questão aberta, mas a indicação, na minha opinião, é de não uso neste momento”, completa.

A orientação do pesquisador é contrária ao posicionamento atual do Ministério da Saúde, que divulgou, no último dia 20 de maio, um protocolo no qual libera o uso das substâncias inclusive para pacientes com casos leves da doença. “Diferentemente de todas essas sociedades que citei, o Ministério da Saúde recomenda usar. É claro que existe um desequilíbrio entre essas recomendações, mas isso deve ser clareado em breve com o avanço de novos estudos”, opina.

Apesar do intenso trabalho de pesquisadores em todo o mundo, conforme Felipe, ainda não há respostas claras sobre um remédio que possa solucionar a questão. “Neste momento se sugere que nenhuma terapia farmacológica seja eficaz e que o tratamento indicado seja de suporte aos sintomas”, explica.

Em nível mundial, de acordo com o médico, o antiviral Remdesivir é apontado e estudado com possível ação efetiva no combate ao coronavírus, no entanto a substância não tem uso liberado pela Anvisa, o que impede sua utilização no Brasil. “Seguimos, então, acompanhando os estudos e utilizando os dados que a ciência nos coloca. Nossa orientação atual é voltada ao suporte dos sintomas e hábitos de vida saudáveis”, reforça.

Redação – Assessoria de Comunicação Unesc


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