O meio rural de Forquilhinha, reconhecido por sua produção agrícola e forte espírito comunitário, deu um passo histórico na prevenção à criminalidade com a implantação da Rede Rural de Segurança. A iniciativa foi criada para aproximar ainda mais a Polícia Militar da população do campo, promovendo um ambiente mais seguro por meio da comunicação ágil, cooperação e ações preventivas.

O processo teve início em 17 de outubro de 2024, com uma reunião de sensibilização realizada no Centro Comunitário de Santa Rosa. O encontro reuniu produtores rurais, lideranças comunitárias e policiais militares, que apresentaram os objetivos do programa, explicaram o funcionamento da rede e compartilharam exemplos de sucesso em outras localidades.

A segunda reunião aconteceu em 20 de maio de 2025, no Centro Comunitário da Sanga do Café. Diferente de um encontro apenas informativo, a reunião contou com dinâmica participativa, na qual os moradores relataram experiências, identificaram necessidades e sugeriram soluções conjuntas. Na ocasião, foram repassadas orientações de segurança, reforçada a importância da vigilância comunitária e destacada a responsabilidade compartilhada na preservação da tranquilidade no campo.

Segundo Joelcio Colombo, morador da comunidade de Santa Rosa, a iniciativa já mostra resultados positivos. “A Polícia Militar efetuou excelente trabalho ao criar a Rede de Segurança Rural, que trouxe mais segurança, reduziu os furtos e aproximou moradores com a segurança pública. Essa parceria fortalece os laços entre comunidade e a Polícia Militar, garantindo agilidade no atendimento, já que o grupo criado para o projeto conta com a geolocalização de cada morador”, afirmou.

Grupos formados e engajamento comunitário

Em menos de um ano, o município estruturou dois grupos ativos da Rede Rural:

• Grupo 1: localidades de Santa Rosa, Tirilo e Morro Cumprido;

• Grupo 2: bairros Sanga do Café, Sanga do Engenho e Santa Terezinha.

Cada grupo mantém um canal de comunicação direta com a Polícia Militar, principalmente por meio de aplicativo de mensagens, o que garante respostas mais rápidas em situações de emergência. As propriedades cadastradas também recebem placas indicativas da rede, que funcionam tanto como símbolo de integração quanto como fator de inibição para ações criminosas.

De acordo com o Capitão Ramon Marcelina Spillere, comandante da 4ª Companhia do 9º Batalhão de Polícia Militar, o engajamento comunitário tem sido fundamental. “Estamos muito satisfeitos com o envolvimento das comunidades. Hoje já são diversas propriedades rurais integradas ao programa, o que representa mais de uma centena de famílias e cerca de 400 pessoas diretamente protegidas e amparadas por esse sistema de cooperação. Cada família é um elo importante na corrente de segurança que estamos construindo”, destacou.

Além da comunicação instantânea, o programa prevê visitas preventivas às propriedades, mapeamento georreferenciado das áreas e patrulhamento orientado conforme a realidade local. A abordagem já apresenta resultados perceptíveis, como a redução de ocorrências de furto e a ampliação da sensação de segurança entre os moradores.

O futuro: mais localidades e mais proteção

A meta para os próximos meses é expandir o programa para outras comunidades rurais de Forquilhinha e também para municípios vizinhos. Segundo o comandante, já está em andamento a mobilização em Nova Veneza, onde será anunciada uma reunião de sensibilização em breve. Mais do que um projeto de segurança, a Rede Rural em Forquilhinha representa uma mudança de mentalidade: a certeza de que, quando a comunidade se organiza e caminha junto com as forças de segurança, o resultado é um campo mais protegido, produtivo e acolhedor.

Redação – Imprensa PMSC